Joanete no 5º dedo
O joanete no dedinho do pé: 5º dedo, é uma condição caracterizada pelo surgimento de uma proeminência óssea na borda externa do pé. Diferentemente do que afeta o dedão do pé, essa condição afeta o último dedo, ou seja, o dedo mindinho.
O joanete no 5º dedo, ou bunionette, também é conhecido por outros nomes, como:
- Joanete de Alfaiate;
- Joanete de sastre;
- Bunionette;
- Metatarsus quintus varus;
- Tailor’s bunion;
- Joanetilho;
- Entre outros.
O joanete no dedinho, é formado a partir de deformações que afetam o 5º metatarsal, sendo classificado de três formas distintas:
- Tipo 1: nesse caso existe uma hipertrofia óssea localizada na parte lateral da cabeça metatarsal, fazendo com que surja uma proeminência.
- Tipo 2: nesse tipo de joanete acontece uma curvatura da parte final do 5º metatarsal direcionada para a porção externa do pé.
- Tipo 3: no tipo 3 o 5º metatarsal se posiciona em uma angulação mais aberta comparado aos demais metatarsais.
O joanete do dedo mínimo, está relacionado a inúmeros fatores, como deformidades ósseas no 5º metatarsal e disposição genética do paciente. Essa condição afeta mais comumente as mulheres, principalmente por conta do uso do sapato de bico fino.
Como identificar joanete no 5º dedo
O paciente que sofre com o bunionette costuma relatar principalmente a dor. Esses sintomas se relacionam com o atrito causado pelo calçado diretamente na protuberância óssea.
Esse atrito também pode desencadear um processo inflamatório e uma bursite local. Afetando a bursa, uma espécie de bolsa cheia de líquido que se posiciona perto das articulações e proeminências ósseas, a bursite pode agravar o quadro de dor e contribuir com outros sintomas, como o inchaço.
É igualmente comum entre os pacientes que apresentam joanete do 5º dedo a formação de calos na parte lateral e na sola do pé afetado, fazendo com que o quadro de dor se intensifique.
Diferentemente do que se pensa, não existe um processo de progressão após a formação do joanete. Entretanto, como o surgimento de condições adjacentes e com a manutenção de atividades e utilização de calçados inadequados, os sintomas podem acabar piorando causando mais desconforto no paciente
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Diagnóstico e tratamento
O primeiro passo para o diagnóstico do bulionnet é a avaliação clínica realizada pelo médico responsável. Por se tratar de uma condição que resulta em deformidade evidente, via de regra não é necessário realizar nenhum exame específico complementar.
Entretanto, caso o médico considere necessário, alguns exames de imagem podem contribuir para a identificação e diagnóstico de patologias relacionadas ao joanete, como é o caso das bursites e processos inflamatórios. Esses exames também são fundamentais para o planejamento cirúrgico, quando essa abordagem for necessária.
Nesse sentido, o médico pode solicitar radiografia dos pés afetados com ou ressonâncias magnéticas, que contribui para a obtenção de uma imagem mais completa das estruturas do pé. Uma vez determinado diagnóstico, pode ser iniciado o tratamento do joanete no 5º dedo. O tratamento pode ser realizado de duas maneiras distintas, sendo:
Abordagem conservadora
O principal problema para quem sofre de joanete do 5º dedo é a utilização de calçados que apertam demais a porção externa do pé. Por essa razão, esses pacientes acabam abandonando a utilização de calçados de bico fino para evitar o atrito e a piora dos sintomas.
O tratamento conservador inclui a utilização de medicamentos córtico esteróides e anti-inflamatórios não hormonais para contribuir com o alívio da dor e do processo inflamatório. Também é fundamental trocar o tipo de calçado que é utilizado diariamente para reduzir a compressão e o atrito sofrido pela estrutura óssea afetada.
Abordagem cirúrgica
A única forma de remover completamente o bunionette é através da intervenção cirúrgica. A cirurgia também é recomendada quando o tratamento conservador não consegue combater os sintomas relatados pelo paciente ou quando existe uma deformidade muito grande, impactando a utilização de calçados e até mesmo a mobilidade do paciente.
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Nesse caso, o ortopedista pode proceder com uma abordagem minimamente invasiva conhecida como cirurgia percutânea. Sem a realização de incisões e utilizando pequenos orifícios, o médico consegue alcançar a área a ser corrigida sem danificar desnecessariamente tecidos. Essa cirurgia também permite uma recuperação mais rápida para os pacientes, visto que é possível caminhar no dia seguinte à intervenção.
Se tiver dúvidas me escreva: “Dra. Ana Paula Simões – Ortopedista”
Dra. Ana Paula Simões Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.