Especialistas dão dicas para quem tem dois tipos de pisada

Especialistas dão dicas para quem tem dois tipos de pisada

Apesar de não ser tão comum, casos assim acontecem e podem ser prejudiciais à coluna

Todas as pessoas que apreciam a corrida, seja como hobby ou profissão, com certeza já se depararam com um questionamento fisiológico: o meu pé é pronado, supinado ou neutro?

Pronado, supinado, neutro ou um pé de cada jeito? Foto: julia_mlozano

Normalmente, esta pergunta é feita na hora de comprar um tênis adequado, já que existem no mercado diversas opções. “O único meio fidedigno de se descobrir a pisada é feito em esteira nio laboratório de biomecânica” afirma o Dr. José Marques Neto, ortopedista e especialista em fisiologia do exercício.

Para a Dra. Ana Paula Simões, ortopedista e especialista em traumatologia esportiva, um meio mais simples de descobrir o tipo de pisada, é avaliando o próprio sapato, percebendo de que lado ele está mais “gasto”.

Depois da avaliação feita, fica mais fácil descobrir o tipo de calçado adequado para as atividades físicas, além de começar um possível tratamento de correção postural, no caso de dores na coluna causadas pelo desequilíbrio da pisada.

Mas nem tudo pode ser generalizado: há um quarto grupo de pessoas que possui um pé de cada jeito. De acordo com a Dra. Ana Paula, “isto pode ocorrer porque é muito difícil um lado do corpo ser igual ao outro, além de termos várias diferenças na distribuição de peso”.

Ainda segundo a ortopedista, às vezes o calcâneo – osso que forma o calcanhar – força o lado de fora e o dedão (o lado de dentro), o que torna os dois tipos de pisada totalmente possíveis em uma mesma pessoa.

Tratamento

Depois do diagnóstico feito por um especialista em ortopedia, caso haja dores durante a atividade esportiva, a baropodometria pode ser solicitada.

Este exame identifica como o peso corporal é distribuído nos pés, além de apontar anormalidades que necessitam de correção com palmilha ou exercícios específicos.

“Sessões fisioterapia não são necessárias para a correção, já que as pisadas são determinadas pela formação do pé de cada pessoa, e não existe certa ou errada para ser corrigida, no máximo podem ser mais ou menos favoráveis biomecanicamente”, declara José Marques Neto.

Mas caso haja dor, “as palmilhas podem trazer algum conforto nestes casos, mas isto ocorre em bases exclusivamente individuais”, recomenda o médico.

“Nestes casos, é aconselhável usar tênis neutros, sempre de acordo com o esporte e com um bom sistema de amortecimento”, finaliza a Dra. Ana Paula Simões.

Artigo originalmente publicado em: Webrun.

Dra. Ana Paula Simões
Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.

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