Tendinite também dá no pé e tornozelo? – Parte 2
No artigo anterior, falei sobre a anatomia, diagnóstico e exames complementares para tendinite.
Nesse irei abordar sobre como essa doença é diagnosticada.
Diagnóstico
História e exame físico
Pacientes com tendinite presente com um início insidioso de dor sobre o tendão afetado, que piora com atividade sustentada. Nos estágios iniciais da doença, a dor diminui com um período de aquecimento, em estágios mais avançados, a dor pode estar presente em repouso, mas piora com a atividade. A dor é menos grave durante períodos de descanso prolongados. Há muitas vezes uma história de trauma, a participação em um novo esporte ou exercício, ou um aumento da intensidade da atividade física. A dor é geralmente descrita como maçante em repouso, e nítida com a atividade agravante. Sem sintomas sistêmicos deve estar presente.
O médico deve observar a área afetada, observando assimetria, inchaço ou atrofia muscular. A presença de uma efusão sugere uma desordem intra-articular, em vez de tendinopatia. Diminuição da amplitude de movimento é visto no lado afetado. A palpação pode revelar sensibilidade ao longo do tendão, reproduzindo a dor do paciente. É importante para ler o alinhamento biomecânico do pé e do tornozelo, enquanto o paciente está em pé e durante todo o ciclo da marcha. Dor nos tendões e articulações múltiplas pode representar uma causa reumatológica.
Exames complementares
A radiografia simples é recomendado como o estudo de imagem inicial. Os resultados são geralmente normal, mas o estudo pode revelar calcificação do tendão, osteoartrite, ou um corpo solto. Imagem ainda deve ser considerada se o paciente não responder ao tratamento conservador, o diagnóstico permanece incerto, ou há dor fora de proporção com a lesão. Musculoesquelético ultra-sonografia pode mostrar áreas de tendinose e é útil para a obtenção de um exame dinâmico. A ressonância magnética também oferece boas imagens de patologia do tendão, especialmente se o tratamento cirúrgico está sendo considerado.
O diagnóstico é feito por meio da discussão com o seu médico e exame físico. Às vezes, um raio-X é feito para descartar outras causas de pé ou dor no tornozelo. Em casos graves, um ultra-som ou ressonância magnética pode ser feito para avaliar a gravidade ou excluir ruptura do tendão.
No próximo e último post, falarei sobre os tratamentos convencionais e o que a medicina tem de novo.
Figura 1:
Artigo originalmente publicado em: Mulher no Esporte.

Dra. Ana Paula Simões Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.