Artrose no dedão (hálux rígido)

Artrose metatarsofalangiana do HÁLUX  ou como também é conhecida artrose no dedão é o tipo de artrite/artrose mais comum que afeta os pés. Afeta mais comumente as mulheres, essa condição está  presente em aproximadamente 2,5% da população acima de 50 anos.

 

Além da dor ao mobilizar o dedão do pé, o paciente que sofre com artrose metatarsofalangiana também pode relatar alguns outros sintomas, como:

 

  • Inchaço;
  • Protuberância óssea na parte superior do pé;
  • Sensação de choque;
  • Limitação de mobilidade do dedão.

 

Em relação às causas, a artrose do dedão é semelhante à osteoartrose do joelho e do quadril, visto que ocorre por conta de um desgaste cartilaginoso progressivo. Conforme esse desgaste aumenta, os sintomas relatados também podem se agravar, causando até mesmo a redução da mobilidade e o prejuízo da qualidade de vida do paciente.

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Quais são as origens da artrose do dedão?

 

Agora que entendemos como ela se caracteriza, precisamos determinar Quais são as principais causas relacionadas a artrose metatarsofalangiana:

 

  • Joanetes com deformidades graves;
  • Causas traumáticas;
  • Pé cavo ou pé chato;
  • Hipermobilidade;
  • Causas idiopáticas, ou seja, sem origem definida.

 

Por esse motivo, diante da presença dos sintomas mencionados acima, é muito importante que o paciente procure ajuda médica para determinar um diagnóstico preciso e iniciar o tratamento o quanto antes.

 

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da artrose metatarsofalangeana

 

Primeiramente, o médico responsável realizará uma variação clínica de um exame médico muito detalhado. Isso significa que o médico vai verificar os sinais externos da região afetada e também realizar testes de posicionamento e mobilidade da articulação.

 

Também podem ser solicitados exames de imagem para garantir uma visualização mais completa das estruturas, como é o caso da radiografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada. Através desses exames, o médico poderá determinar o diagnóstico 

 e recomendar a melhor abordagem terapêutica para combater os sintomas e retomar a qualidade de vida do paciente.

 

Artrose do dedão pode ser tratada com base em duas abordagens principais, sendo:

 

Abordagem conservadora

 

O objetivo da abordagem conservadora é combater os principais sintomas mencionados sem a necessidade de realizar uma intervenção cirúrgica. Por esse motivo, o médico pode solicitar algumas mudanças na rotina e abordagens terapêuticas voltadas para a redução da dor, como a modificação dos calçados utilizados pelo paciente e a infiltração articular.

 

Através dessa abordagem, o objetivo é reduzir o impacto sofrido pela articulação afetada e a mobilidade do membro do paciente, evitando a piora dos sintomas e do desgaste. A infiltração articular é indicada nos casos onde o paciente relata sintomas inflamatórios, com o objetivo de combater esse processo e aliviar a dor.

 

Abordagem cirúrgica

 

Nos casos onde o tratamento conservador não consegue entregar bons resultados ou o paciente apresenta um grande bloqueio da mobilidade do dedão do pé por conta do volume ósseo pode ser necessário realizar uma intervenção cirúrgica. Para remover esse volume, é realizado um procedimento conhecido como k

queilectomia, onde é feita recepção do volume ósseo encontrado na articulação.

 

Entretanto, embora esse procedimento ajuda a combater os sintomas e restabelecer a mobilidade, é possível que com o decorrer dos anos essa articulação sofra com a degeneração, sendo necessário implementar outros tratamentos específicos.

 

Também é possível realizar a substituição articular através de uma prótese. Para isso é realizada a hemiartroplastia de interposição com a utilização de implantes sintéticos. Essa abordagem é muito indicada quando o paciente ainda possui mobilidade e a deformidade não se encontra muito grosseira.

 

Artrodese, por sua vez, é um processo de fusão articular. Esse procedimento é definitivo e vem entregando excelentes resultados nos pacientes com deformidades grosseiras, alterações avançadas, alterações neuromusculares associadas como o acidente vascular cerebral e o Parkinson.

 

Independentemente do caso, é muito importante que o paciente procure ajuda de um médico de confiança para proceder com o diagnóstico e tratamento da condição. Dessa forma, ele poderá recuperar a sua mobilidade e garantir uma melhor qualidade de vida. Considerando que o tratamento depende da avaliação do médico e das características da sua condição, é fundamental buscar um profissional especializado nesse tipo de condição, como ortopedista de tornozelos e pés.

 

Dúvida?

Escreva: @DraAnaPSimoes

Dra. Ana Paula Simões
Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.

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