Já ouviu falar em bico de papagaio e esporão? Entenda o que é essa condição

Você provavelmente já ouviu falar em osteofitose? Para o leigo é o famoso bico de papagaio. Nessa condição, surgem pequenas expansões ósseas no formato de ganchos, chamadas osteófitos, localizadas ao redor dos discos vertebrais. Geralmente, essa anomalia surge em casos de problemas reumáticos, como a osteoartrose cervical e lombar. 

Essas estruturas costumam causar dor intensa na região das costas ( coluna), que pode se espalhar , irradiando para os braços e pernas. Embora não tenha cura, essa condição pode ser tratada, principalmente com a ajuda de analgésicos e fisioterapia orientados pelo médico.

A osteofitose (bico de papagaio) é mais comum conforme o avanço da idade, e também pode ser desencadeada por alguns fatores de risco, como:

• Genética;

• Problemas posturais;

• Obesidade;

• Sedentarismo;

• Fraturas na coluna;

• Doenças Reumáticas.

Dentre os principais sintomas do bico de papagaio, podemos citar:

  • Dor intensa na região da coluna, que pode irradiar para outras  regiões;
  • No caso da osteofitose na região lombar, o paciente relata formigamento nas pernas, e no osteofitose cervical, formigamento nos braços;
  • Redução da força muscular ( por inibição)

É possível prevenir e retardar o agravamento dessa condição mantendo uma postura correta, evitar carregar cargas exageradas, realizando o controle do peso, praticar atividades físicas, entre outros.

Independentemente da gravidade, ou da existência de sintomas, é muito importante contar com acompanhamento de um médico especialista, para que sejam realizados os exames necessários. Dessa forma, o médico poderá prescrever o tratamento mais adequado para a sua condição.

O que é esporão?

Diferentemente do bico de papagaio que atinge a coluna, o esporão calcâneo se localiza no calcanhar, e se caracteriza pela mesma  calcificação só que no caso: localizado no calcanhar . Essa condição causa dor intensa, como se fosse uma espécie de agulhada, principalmente durante a realização de determinados movimentos e posições, como quando a pessoa se levanta da cama e apoia o pé no chão, durante o caminhar ou após longos períodos de pé.

O tratamento padrão do esporão é na maior parte das vezes conservador, incluindo o uso de palmilhas ortopédicas específicas para essa condição, além de massagem e alongamentos orientados pelo médico . Dependendo do caso, podem ser indicadas sessões de fisioterapia e terapia com ondas de choque, e nos casos mais graves, o médico pode recomendar infiltrações e até mesmo  a intervenção cirúrgica.

O sintoma mais famoso do esporão calcâneo é a dor na sola do pé, que surge em forma de pontada. Essa dor pode piorar quando o paciente anda, corre, ou pratica atividades físicas. Para determinar se é um caso de esporão, o ortopedista pode solicitar exames de imagem para identificar a existência da anomalia no calcanhar.

Existem algumas medidas que podem ser feitas para aliviar os sintomas, como:

  • Massagear os pés com um creme hidratante antes de dormir, principalmente na área onde a dor é mais intensa;
  • Com uma bola de tênis, ou objeto semelhante, deslize por todo o pé, apoiando no chão;
  • Realize alongamentos diários;
  • Mantenha um peso adequado;
  • Entre outros.

Contudo, antes de realizar qualquer tipo de tratamento ou atividade, é essencial buscar a ajuda de um médico qualificado, que irá não só realizar o diagnóstico, como também prescrever o melhor tratamento para a condição.

Causado por um acúmulo de cálcio na parte de baixo do pé, o esporão é resultado de uma pressão excessiva em um mesmo local, principalmente na fáscia plantar. Aliado à isso, também existem alguns fatores de risco, como:

  • Sobrepeso e obesidade;
  • Pé plano ou pé chato;
  • Arco do pé muito alto;
  • Utilização de calçados inadequados para praticar corrida;
  • Prática frequente de atividades que envolvem saltos em uma superfície muito dura;
  • Entre outros fatores.

Tudo isso pode fazer com que a pressão realizada no calcanhar seja maior do que a esperada, contribuindo para o surgimento dessa condição.

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Dra. Ana Paula Simões
Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.

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