Síndrome Compartimental Crônica na Perna
Compartment Pressure Curves Predict Surgical Outcome in Chronic Deep Posterior Compartment Syndrome. (Curvas de pressão do compartimento como método preditivo do resultado cirúrgico na síndrome compartimental crônica posterior profundo).
Instituição: Investigation performed at the Maxima Medical Center, Veldhoven, the Netherlands
Revista: The American Journal of Sports Medicine, Vol. 40, No. 8
DOI: 10.1177/0363546512449324 Ó 2012
Comentadora: Dra. Ana Paula Simões da Silva apaulass@gmail.com
Autores: Michiel B. Winkes,* MD, Adwin R. Hoogeveen,y MD, PhD, Saskia Houterman,z PhD, Anouk Giesberts,§ MD, Pieter F. Wijn,|| PhD, and Marc R. Scheltinga,*{ MD, PhD
Resumo: Os Resultados da cirurgia para tratamento da síndrome compartimental crônica pós esforço (CECS) da perna no compartimento posterior profundo, são inferiores em comparação com outros tipos de CECS. Fatores que predizem o sucesso após a cirurgia são desconhecidos.
Objetivo: Estudar o valor prognóstico das curvas de pressão pré-operatórios dos compartimentos em pacientes que receberam a cirurgia para liberação da CECS no compartimento posterior. profundo. Desenho do Estudo: Série de casos, Nível de evidência 4.
Métodos: Foram aferidas as pressões intracompartimentais (PIC) de pacientes com síndrome compartimental crônica profunda da perna na região posterior. Foram obtidos 4 fases de tempo (isto é, antes, imediatamente após e 1 e 5 minutos depois de um teste padrão de exercício de esforço). Área sob a curva de pressão desses 4 tempos, foram calculadas. Os pacientes receberam um questionário investigando sintomas residuais após a cirurgia.
Resultados: Um conjunto completo de dados estava disponível para 52 pacientes (homens, n = 23; idade= 33 +/- 14 anos). Eles avaliaram após 3 meses o resultado pós-operatório tido como excelente (14%), bom (38%), regular (35%), ou pobre (13%). Resultado em 3 meses estavam relacionados com a área sob a curva de pressão pré-operatória de 4 pontos (excelente, 127 +/- 28; bom, 113 +/- 25; regular 100 +/- 22, e pobre, 88 +/-15, P = 0,005; odds ratio [OR], 1,04, intervalo de confiança de 95% [IC], 1,01-1,08). A longo prazo de seguimento (39 +/-24 meses), todos os 5 sinais e sintomas (dor, sensação de aperto, cãibras, fraqueza e sensibilidade diminuída) foram bastante atenuados (P \ 0,001) no grupo operado com sucesso.
Sucesso a longo prazo era de 48%. Atraso no diagnóstico foi relacionado com mau resultado (P = 0,04). Correlações entre as pressões / área sob a curva de pressão de 4 pontos e resultados a longo prazo não foram significativos, no entanto.
Conclusão: A Aferição pré-operatória da medida da pressão intracompartimentais obtidos em repouso e após um teste de exercício padrão pode predizer-se pré-sucesso da cirurgia para fasciotomia profundas nas CECS do compartimento posterior do membro inferior. Além disso a padronização de protocolos de pressão pré-operatórios pode confirmar que a análise de pressão compartimental tem de diagnóstico, bem como propriedades de previsão.
Palavras-chave: síndrome compartimental crônica de esforço; compartimento posterior profundo; fasciotomia, medição de pressão intracompartimental; fatores prognósticos
Abstract
Comentário:
Porque esse artigo??
O diagnóstico diferencial da dor crônica relacionada ao exercício na perna em atletas jovens inclui as doenças osteometabolicas,( principalmente os distúrbios hidroeletrolíticos), a síndrome de compartimento pós esforço (CECS), síndrome do estresse tibial medial, fraturas por estresse, tendinopatias, compressão nervosa, trombose venosa profunda, e sindromes vasculares ( como a sindrome do aprisionamento poplíteo).
Até 13% desses jovens atletas são encontrados com a CECS por isso trouxe esse artigo para atentar aos colegas ortopedistas a esse diagnóstico quando desconfiamos de alguma desequilíbrio osteometabólico e o paciente é um atleta.
Dores na perna é usualmente associada com altas pressões no compartimento anterior (60%) ou profundo posterior (30%) e os resultados de curto e longo prazo da cirurgia para CECS anteriores são geralmente excelente, com taxas de sucesso que variam de 83% a 100% . Em contraste, as taxas de sucesso de apenas 33 % a 65% que foram relatadas com fasciotomia profunda para CECS posterior.
Portanto esse artigo mostra que a mensuração da pressão dinâmica intracompartimental (ICP) aferida corretamente antes e depois do esforço é o padrão ouro para o diagnostico das CECS. De acordo com critérios geralmente aceitos.
Dra. Ana Paula Simões Médica do esporte, ortopedista e traumatologista, professora instrutora e mestre pela Santa Casa de São Paulo, especialista em medicina esportiva e cirurgiã do tornozelo e pé.
Bom dia Dra Ana Paula,eu havia conversado com a Dra sobte Anfteia Araujo fos Dantos q esta internafa no pronto socorro fe Cubatao ha 3 meses com fratura no femur a Dra disse q poderia nos ajudar eu dei o nome dela no telefone q s dra me passouais ate agora nao retotnaram se vcs nso atendem pelo sus la por favor mr infique onde posso vonseguir esta cirurgia. com devo falar porque aq nao tenho consrguido nada
Olá Marina,
Já te respondi no email que me mandou e nas outras redes sociais, mas segue novamente: o único local público que eu trabalho é a Santa Casa de São Paulo. Lá trabalho no grupo onde só atendemos atletas. Além disso, estamos passando por uma crise e não estamos fazendo cirurgias eletivas ( notícia que você pode confirmar nos jornais).
Boa sorte!
BOM DIA
ESTOU COM TODOS OS SINTOMAS DE Síndrome Compartimental Crônica na Perna, SINTO DORES NA LATERAL DA PERNA, NA REGIÃO DOS FIBULARES. GOSTARIA DE SABER QUAL O TEMPO DE RECUPERAÇÃO PARA A CIRURGIA EM CASO DE NECESSIDADE?
Oi Matheus,
Apenas o tempo da cicatrização da sua pele. Agende uma consulta pelos telefones (11) 94006-5262 ou (11) 2507-9021 para eu tirar suas dúvidas, explicar melhor e fazer uma avaliação. Abraço!